segunda-feira, 15 de junho de 2009

Parada gay de São Paulo: o que está faltando?

Muito se fala sobre a parada gay de São Paulo, mas o que realmente importa? Este ano, todos os eventos ligados a parada, como a feira GLBT e o Gay Day do Playcenter, estavam mais vazios do que de costume.

São Paulo se tornou uma das principais capitais gays do mundo, quando, em 2007, a parada bateu recorde de público. Depois disso, foi comprovado que o evento é o mais lucrativo do país – até grandes patrocínios, como Petobrás e Caixa, se interessaram na passeata. A partir daí, os principais jornais do país resolveram intensificar a cobertura completa do evento com seções especiais, como faz a Folha Online e o G1, da Globo.

Aí eu me pergunto: será que isso é bom?


90% das pessoas que eu conheço, dizem o seguinte sobre a parada gay: perdeu seu foco, e virou apenas uma micareta. É hipocrisia dizer que todos os homossexuais e heterossexuais que vão para a Paulista estão lá para lutar por um mundo igual e sem preconceitos. Isso é realmente verdade, mas, pensando bem, vivemos num mundo hipócrita. A própria reeleição do presidente Lula é um exemplo claro disso: ele só conseguiu o feito por causa do famoso projeto “Fome Zero” – que é uma compra de voto de forma descarada. Até o nosso papel reciclado é uma hipocrisia: já que ele é tão ecologicamente incorreto quanto o papel comum, porque precisa de mais água para ser produzido. Se formos levar tudo ao pé da letra, nada do que vemos por aí é o que realmente parece ser. O que não é diferente com a parada gay.

Mesmo assim, ver uma megalópole como São Paulo parar por um evento homossexual que consegue encher a maior avenida do país, já é um ponto positivo. Os olhos do governo se abriram para os gays: afinal, essa ‘minoria’ é expressiva a ponto de mover a maior e mais lucrativa passeata do país, apesar de todo o preconceito e falta de legislação para os homossexuais. Movimentar milhões em turismo, e trazer pessoas de outros países e vários outros estados.

Verdade seja dita: vivemos em um país muito desigual. A maioria da massa brasileira nem se quer entende a homossexualidade, e ainda a trata como homossexualismo (do sufixo ‘ismo’, que significa ‘doença’). O governo mesmo, só respeita a parada porque os gays têm dinheiro e influência – já que a maioria é economicamente ativa, e trabalha em setores de comunicação e cultura.

Se eu pago as minhas contas, tenho todo o direito de me relacionar com quem eu bem entender e ninguém tem absolutamente nada a ver com isso. Cada um faz o que quiser, e merece ser respeitado. Você não precisa gostar de gays, isso não é necessário, apenas os respeite.

Independente do motivo pelo qual as pessoas vão para a Avenida Paulista, a parada gay serve para que, pelo menos por um dia, as atenções sejam voltadas para esse movimento de igualdade. No Gay Day do Playcenter, por exemplo, várias famílias vão ao parque sem saber da comemoração e permanecem em harmonia com os casais gays que vão ao parque. E sobre a temática, este ano não teve nenhum carro de balada gay na Paulista – a maioria dos trios era sobre questões militantes, como a nova lei contra homofobia. Um dos carros ficou parado em frente ao metrô Consolação, só recolhendo assinaturas a favor da lei.

Os problemas que vemos na parada, são causados por pessoas que não são homossexuais. Bandidos que vão tumultuar a festa. Por culpa deles, os holofotes saem do foco principal e bonito da festa, e vão parar nos incidentes – que são pequenos se comparados a outras grandes festas com multidões.

A imprensa também não ajuda. A Folha de São Paulo, por exemplo, divulgou que a Polícia Militar não quis fazer a contagem do público presente. Quando que, na verdade, essa contagem seria feita pela organização do evento – tudo previamente combinado anteriormente.
Muitas informações desencontradas, e sempre priorizando o sensacionalismo.

A parada gay tem seu sentido sim, e vai continuar acontecendo porque gera dinheiro aos cofres públicos – dinheiro, aliás, que se quer é usado para alguma questão homossexual.

Se eu fosse da organização da parada, opinaria por fazer uma festa menor – no Anhembi ou em algum estádio, por exemplo – com convites previamente trocados por quilos de alimento ou agasalhos. Isso evitaria a entrada de marginais, e deixaria a parada gay de São Paulo do jeito que deveria ser.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O Excesso dos Excessos

Todo mundo reclama da falta de alguma coisa: sente falta de alguém, falta de dinheiro, falta de trabalho, falta de compreensão.

Com isso, as pessoas se esquecem dos excessos. Ao meu ver, o problema da humanidade está nos excessos. Se falta alguma coisa aqui, é porque, em algum momento, foi tirada dali. Se hoje a sustentabilidade virou tema de reunião nas grandes empresas, é porque no passado os recursos foram usados de forma excessiva. Ou seja, a maioria dos problemas que enfrentamos, vem do excesso.

Parei para refletir sobre isso, porque um amigo me disse que sou uma pessoa que vive excessivamente: ama demais, briga demais, sonha demais, quer demais...

Fiz toda uma retrospectiva na minha trajetória para pensar se meus exageros foram positivos. Acho que, de certa forma, não seria quem sou, se não tivesse exagerado.

Se você acha que achou a carreira certa, siga este caminho com uma determinação exagerada... Afinal, você vai disputar mercado com milhões de pessoas, então exagere MESMO... Seja competitivo, profissional ao extremo, faça da sua carreira o alicerce para sua vida...

Se você acha que aquela pessoa é a certa para você, exagere MESMO... Ame com intensidade, cobre com intensidade, respire esse amor... Caso ele acabe amanhã, você terá a certeza de ter vivido seus sentimentos ao máximo...

Se você se acha especial, não fique tranquilo pois isso não é o bastante. Acorda! O mundo tá cheio de gente especial, portanto, exagere MESMO... Faça amigos, valorize sua família, se comunique com o mundo... Uma pessoa especial é cercada por pessoas que a amam de verdade...

Então, pensando melhor, vi que a graça do mundo são os exageros.

Quem nunca quase morreu do coração durante um jogo de Copa do Mundo?

Quem nunca suou frio na primeira vez que fez sexo?

Quem nunca encheu a cara e acabou falando coisas que estavam presas durante a sobriedade?

Quem não comete excessos, não sabe o prazer que a vida proporciona. Os excessos têm consequências?

Claro que tem! Mas não é nada perto da emoção que um exagero pode proporcionar...


Digo por experiência própria: exagere... MESMO!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

2009

2009 chegou... iêi!

Fim de ano igual a todos: festas hipócritas onde você come feito um porco, e deseja votos (em sua maioria) falsos para aqueles parentes que mal vê durante o ano. Tá, tudo bem... É ridículo criticar as festas de final de ano, se você é uma das pessoas que participa dos rituais. Eu sei! Mas minha 'bad' vem quando o ano vira mesmo... 2009 chegou, alguma coisa mudou? Mudou! Você está mais gordo, suas roupas não estão vestindo mais tão bem, e as pessoas a sua volta também envelheceram - seus amigos estão casando, tendo filhos, e você se sente no final da temporada de um episódio. Pelo menos uma coisa continua igual: sua conta, por mais que seu salário tenha aumentado, continua vazia. O pior de tudo é que, geralmente, o problema em si não é o dinheiro, pelo menos no meu caso, é a péssima administração que se faz do que se recebe.

Ôpa, ôpa! O post tá ficando deprimido... Não pode!

Em 2009 que a gente aprenda que perdoar não é divino, é burrice! Fala sério! Quem nunca se arrependeu de ter perdoado alguém que atire a primeira pedra. Sou uma pessoa contra o perdão, acho que todo mundo tem uma chance na vida... Perdoar alguém, é saber exatamente aquilo que aquela pessoa vai fazer um tempo depois com você de novo. É triste gente, mas é verdade!

Aliás, nem tenho motivos para falar disso, é que estava vendo Luciana Gimenez e tinha um caso de uma mulher que queria o perdão da filha... Ah! Deixa pra lá!

Ótima entrada de 2009 para todos...